O 10º Fórum Rede Mulher Empreendedora foi impecável! Participar de um bate papo com Fernanda Nascimento, Mylena Gama, Thaís Borges e Taís Carvalho me tornou ainda mais consciente da minha responsabilidade de compartilhar conhecimento. E como o tema foi inclusão digital para pequenos negócios, resolvi falar por aqui também.

Fala-se constantemente da digitalização das empresas, especialmente em tempos de pandemia e menor contato humano. A migração das empresas para ambientes e ferramentas digitais – não importa o tamanho da organização – já transformou demais a forma como trabalhamos e não podemos mais chamar de tendência. É fato, um processo que só vai acelerar.

No nosso dia a dia, como pessoas físicas, somos grandes consumidores de tecnologia. Porém, especialmente nos pequenos e médios negócios, ainda há uma inércia na adoção de tecnologia. Este é mesmo um processo gradual, e que tem grande relação com hábitos e formas de se trabalhar (a cultura da empresa) e com preço das ferramentas digitais disponíveis.

Só que no meio do caminho, ocorreu a pandemia. Ela foi um grande divisor de águas neste sentido, pois deixamos de poder fazer normalmente uma série de atividades sobre as quais antes nem pensávamos a respeito. Coisas como comprar um pacote de farinha, levar os filhos na escola ou fazer um pagamento em dinheiro.

Pensando nos grandes desafios apresentados pela pandemia, é fácil perceber o poder e alcance das conexões digitais. Foram fundamentais para manter a vida funcionando, ferramentas de chat e de videoconferência, como Whatsapp, Zoom ou Google Meet, tornaram-se o centro de muitas empresas. Não apenas isso, mas também os meios de pagamento 100% digitais, e-commerce, educação e trabalho remotos, e quebrando até o tabu da telemedicina. São ferramentas e processos que vieram para ficar e, naturalmente, ainda vão evoluir e melhorar muito.

Em muitas pequenas empresas a pandemia foi o empurrão que faltava, um movimento de vida ou morte que mesclou criatividade e tecnologia. Restaurantes e lojas de bairro com serviços de entrega, buffets passaram a vender kits de festas para festas em casa, através do Instagram, o mundo passou a ser delivery. Um exemplo que adoro é a Diáspora Black, empresa de turismo dedicada às pessoas pretas que passou a oferecer experiências culturais para serem feitas em casa, num momento onde ninguém poderia viajar. Cada um destes exemplos traduz um pouco do que é a transformação digital para pequenos negócios.

Existe um sem fim de ferramentas a serem exploradas: gestão financeira e de clientes, planejamento e controle de vendas, marketing digital, criação de conteúdo, disparo de posts e e-mails. Porém, para ser objetiva, foco em 2 exemplos, pois não vivo sem eles:

  1. Os pacotes de ferramentas de gestão COLABORATIVA, que além da videoconferência, também oferecem email, elaboração de planilhas, textos, e apresentações em slides de maneira simples e objetiva, tudo em português. Existem de forma gratuita e paga, e de preço muito acessível. Podem ser acessadas de qualquer lugar, seja de um smartphone, seja de um desktop.

Como exemplo, cito um grande parceiro da Rede Mulher Empreendedora, o @Google, que através do programa patrocinado – Potência Feminina – não só acelerou financeiramente diversos projetos de pequenas empreendedoras, mas trabalhou intensivamente na capacitação dessas mulheres no uso das ferramentas colaborativas fornecidas pela plataforma (Google Suite), com diversas aplicações práticas – formação de preços, por exemplo.

  1. O acesso a boas plataformas de fomento a negócios, capacitação e curadoria de conteúdo, como a Rede Mulher Empreendedora

Antes de pensar em ferramentas, a empreendedora precisa aprender a usá-las. Entender em que ponto da sua jornada empreendedora ela se encontra, receber uma mentoria, aprender com quem sabe fazer, e sabe também da importância do papel da mulher que empreende.

CAPACITAR-SE constantemente é o tipo de coisa que “muda o jogo”. Não temos que reinventar a roda. Para crescer e otimizar um negócio precisamos, sim, de muita energia e resiliência, mas também de muito conhecimento prático. Participar destas redes de conexão só é possível porque são construídas no meio  digital, que é incrivelmente democrático na entrega: não importa a região, a cidade, a distância, o conhecimento está à disposição, 24/7. Conhecimento e comunidade otimizam e potencializam seus negócios.

A transformação digital é possível sim. Pode ser feita por nós, um passo por vez, sem que percamos a sanidade e o foco no negócio durante o processo.

Plataformas e ferramentas permitem com que nossos negócios sejam mais saudáveis e longevos e é sobre o que falamos no segundo dia do 10º Forum RME – eu e essas mulheres maravilhosamente digitais com quem tive o prazer de dividir o palco.

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